/*! This file is auto-generated */ .wp-block-button__link{color:#fff;background-color:#32373c;border-radius:9999px;box-shadow:none;text-decoration:none;padding:calc(.667em + 2px) calc(1.333em + 2px);font-size:1.125em}.wp-block-file__button{background:#32373c;color:#fff;text-decoration:none} .g { margin:0px; padding:0px; overflow:hidden; line-height:1; zoom:1; } .g img { height:auto; } .g-col { position:relative; float:left; } .g-col:first-child { margin-left: 0; } .g-col:last-child { margin-right: 0; } .g-1 { margin: 0 auto; } @media only screen and (max-width: 480px) { .g-col, .g-dyn, .g-single { width:100%; margin-left:0; margin-right:0; } }

Olá, seja bem-vindo

Esqueci minha senha
Imitemos a Nova Zelândia

O Diário - 26 de março de 2025

Imitemos a Nova Zelândia

José Renato Nalini é Reitor da UNIREGISTRAL, docente da Pós-graduação da UNINOVE e Secretário-Executivo das Mudanças Climáticas de São Paulo

Compartilhar


Impressionante verificar que o mundo consegue resolver problemas que nós não conseguimos. Em 1980, a Nova Zelândia estava à beira do caos. Dois choques no preço do petróleo trouxeram inflação. Maus governos erraram, como é natural. Havia distribuição de subsídios, aumento salarial inflacionário, controle de preços e juros muito baixos, convivendo com impostos muito elevados. 

A Nova Zelândia até chegou a ser chamada de “A Albânia do Pacífico Sul”. Só que veio um governo sério e competente. O Ministro das Finanças, Roger Douglas, removeu o controle cambial, cortou subsídios, privatizou serviços e entregou a definição da taxa de juros ao Banco Central. Adotou-se uma estratégia contábil copiada da iniciativa privada. 

Tudo começou a ser baseado em competência, banidas as práticas dispendiosas do Governo. Todos tiveram de pensar a longo prazo e maximizar o uso eficiente dos ativos. 

O governo constituiu um Fundo para pagar pensões futuras. Deu certo. Ele é visto com inveja pelos outros países. O orçamento inclui uma cobrança anual para contemplar a depreciação. Com isso, o governo gerencia mais eficientemente o seu patrimônio. 

A dívida foi istrada com austeridade e, depois de duas décadas de déficit, o balanço patrimonial equilibrou-se. O patrimônio líquido neo-zelandês cresceu todos os anos, até a pandemia.  Esse modelo pode servir para os governos que não sabem o que fazer com a excessiva dívida pública. Até para o “poderoso” conglomerado chamado Estados Unidos. Sua dívida pública está próxima a 100% do PIB e projeta-se chegue a 122% até 2034. Imagine-se, então, a situação dos países emergentes. O FMI calcula a dívida pública global superior a cem trilhões de dólares, ou seja: 93% do PIB global. 

A lição da Nova Zelândia vale para todos: países e entidades subnacionais. Inclusive para os Municípios. Uma regra singela é não gastar mais do que se arrecada. Normalmente, a tomada de decisões se dá no escuro. Outra recomendação: o que o governo não sabe fazer, tem de delegar à iniciativa privada. Ela não ite prejuízo. Por que continuar a se encarregar de fazer aquilo que sempre custa mais caro, não é melhor e ainda sugere práticas pouco republicanas ou, mais claramente, ilícitas?