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Minha história de carnaval

O Diário - 4 de março de 2025

Minha história de carnaval

PROFª ESP. KARLA ARMANI MEDEIROS, historiadora, professora de História e titular da cadeira 7 da ABC – www.karlaarmani.blogspot.com / @profkarlaarmani

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Vale uma historinha de carnaval, caro leitor? Apenas uma anedota.

Nasci e cresci na vila América, bem próxima à avenida Eng. Necker Carvalho de Camargos, onde eram realizados os desfiles das escolas de samba de Barretos. Me lembro de prestigiar alguns destes desfiles sentada na calçada, onde perambulava o público e os vendedores ambulantes. Um destes desfiles muito me marcou por causa de uma pintura, era o rosto de um senhor de cabelos brancos com um olhar determinado e óculos bem-marcados. Acima, no , estava estampado seu nome: Dr. Paulo Prata.

Eu era criança e não fazia a menor ideia de quem era o tal “Dr. Paulo Prata”, me lembro que o meu encanto foi mesmo pela pintura. Eu a achei linda. E ela me levou para a reflexão: “Quem será este senhor? Deve ser alguém importante para ter uma pintura tão bela... Ah, um dia eu descubro”. E descobri. Esse dia chegou depois de muitos anos. Me tornei historiadora, recentemente tive a feliz oportunidade de biografar a dra. Scylla Prata, esposa do dr. Paulo, e por isso estudei na própria biblioteca do dr. Paulo. Quem diria que aquele rosto significaria tanto para mim décadas depois...

E mais, lembro-me que aquela pintura ficou exposta por muito tempo em um quintal perto à avenida, onde era meu caminho e por isso ela continuava a fitar-me, a desafiar minha curiosidade. Recentemente, todas essas lembranças se tornaram reais, pois encontrei a fotografia do carro alegórico no acervo do dr. Paulo e pude reviver todo aquele carnaval. Era 1999, o dr. Paulo era falecido há dois anos e a escola de samba Mocidade Independente de Vila Rios o homenageou como enredo. O samba-enredo “Dr. Paulo Prata – o povo agradece” era de autoria do presidente da escola, José Cláudio dos Santos. Sobre a pintura, o grande entusiasta do carnaval barretense, Coriolano José Neves, e o jornal “O Bom Samaritano” me contaram que quem a produziu foi o célebre Geraldo Stuart; outro ícone que tenho o prazer de estudar. Só podia ser o Stuart!

O tempo se encarregou de me contar quem era aquele senhor e a grandeza de sua obra, que agora, como historiadora, tenho eu o prazer de contá-la. Aguardem.