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“Precisamos de você”, mas matamos você!

O Diário - 7 de maio de 2025

“Precisamos de você”, mas matamos você!

José Renato Nalini é Reitor da UNIREGISTRAL, docente da Pós-graduação da UNINOVE e Secretário-Executivo das Mudanças Climáticas de São Paulo

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O município de São Paulo foi o primeiro a criar e a implementar uma Secretaria Executiva de Mudanças Climáticas. E o PLANCLIMA, ambicioso plano de ação climática para o período 2020 a 2050, adotou cinco estratégias, das quais a quarta é “Mata Atlântica, precisamos de você!”.

Só que esse bioma, no qual vivem 72% da população e é responsável por 80% do PIB nacional, continua a ser intensamente devastado. Somente em uma década, entre 2010 e 2020, perdeu mais de 186 mil hectares de florestas maduras. Crime contra a humanidade, pois é o espaço que abriga o maior estoque de árvores que sequestram carbono e biodiversidade.

País pródigo em normatizar com excelência, haja vista a dicção do artigo 225 da Constituição da República, cuidou de proteger legalmente esse bioma. A Lei da Mata Atlântica existe desde 2006, mas é insuficiente para impedir a orquestrada ação dos dendroclastas.

Pastagens, culturas temporárias, edificação de condomínios, tudo isso justifica a destruição de um patrimônio que ainda não foi inteiramente descoberto. Menos floresta significa não só menor proteção das encostas, redução no fornecimento de água, maior suscetibilidade a eventos extremos, senão a proliferação de fatores que comprometem a saúde e apressam a partida dos humanos para o mistério da morte. 

Se a população não vier a se converter em verdadeira guardiã da floresta, o extermínio do futuro continuará. É mais do que urgente ampliar incentivos econômicos aos proprietários ainda inconscientes, para que preservem ou restaurem suas áreas desmatadas. A política do replantio precisa ser uma política estatal perseguida por todos: população, município, Estado e União. Empresariado e Academia. Mídia e Igreja. Partidos Políticos e Sindicatos.

A questão é de sobrevivência da humanidade e não questão meramente ambiental. Somos parte da natureza. Se não a conservarmos, nos matamos. Não adianta pregar “Mata Atlântica: preciso de você!” e continuar a assassiná-la de forma cruel, insana e insensata.