Ninguém em sã consciência acredita que a implantação de um arsenal de radares nas estradas da região quer reduzir o número de acidentes e vítimas nas rodovias. Qualquer cidadão entende que a motivação oficial é simplesmente arrecadadora, ampliando as receitas governamentais gerais e não especificas. Por exemplo. A verba arrecadada por multas nas estradas da Assis Chateaubriand vai permitir a duplicação de pista no trecho entre Barretos e Rio Preto?

Se a medida é para “elevação de caixa”, somando a IPVA e pedágio, uma atitude transparente, decente e digna deve ser adotada como consequência imediata. Cada prefeitura e cada legislativo recebem um “extrato mensal” de cada ponto fiscalizado. A apresentação de balanço mensal com quantidade de infratores e o volume punitivo imposto. Caso a motivação fosse de segurança nas rodovias, a solução direta era de aumento de efetivo policial humano, não elevação de dispositivos eletrônicos estáticos. Mais do que simples lógica das boas intenções, aparece sempre a “dúvida” sobre receitas, custos e investimentos provocados pela avalanche de radares.

- Afinal, o governo estadual está disposto a mostrar de modo transparente o montante de dinheiro envolvido em toda operação e seus desdobramentos financeiros e econômicos?

Uma questão política também pode ser feita aos deputados, indagando até que ponto, têm o aos dados de quantidade, de valores e arrecadação que entram nos cofres públicos com a punição dos condutores!